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M's Journal

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

15 Ideias de Resoluções de Moda Sustentável para 2021



Se acompanham o M's Journal há algum tempo, sabem que sou uma grande fã de resoluções de novo ano e costumava fazer imensos conteúdos sobre organização e motivação, principalmente nesta altura. Como agora me foco mais na moda sustentável, achei que seria interessante juntar os dois mundos e fazer uma lista de possíveis resoluções sobre este tema, para que se possam inspirar para a criação dos vossos objetivos. Já agora, se estão interessados/as em conteúdo sobre resoluções de ano novo, estou a fazer toda uma série sobre o tema no meu podcast, que podem ouvir no Spotify. Mas, voltando ao nosso tema inicial, vamos agora falar de objetivos especificamente relacionados com moda sustentável!


15 Resoluções de Moda Sustentável para 2021:


1. Consome menos. Porque tudo começa aqui: compra menos roupa, tem mais atenção aos teus hábitos de consumo, coloca mais cabeça e menos emoção no ato de comprar.


2. Cria uma lista de lojas em segunda-mão na tua zona. Por vezes, caímos nos velhos hábitos de compra por uma questão de conveniência, por isso, há que trazer essa mesma conveniência para os hábitos que queremos agora adotar.


3. Aprende a costurar. Porquê sustentável? Porque com pequenas noções de costura, consegues fazer as alterações que a tua roupa precisa, aventurar-te em projetos de upcycling ou fazer DIYs. 


4. Implementa o hábito de pesquisar informação sobre uma marca antes de comprares algo dela. Recentemente, fiz entrevistas sobre o tema da moda sustentável a alguns de vocês e um dos entrevistados disse-me algo que ficou comigo "se a Zara abrisse hoje, muito menos gente ia lá comprar, porque agora somos educados a ir pesquisar informação sobre a loja antes de lá entrarmos". 


5. Faz uma triagem no teu armário entre cada estação. Quanto menos temos, menos sentimos que temos de ter. Faz sentido? Não? Então experimenta e logo verás.


6. Desafia-te a usar cada peça do teu armário das mais variadas maneiras possíveis. Podes ir criando desafios ao longo do ano, através de mini armários cápsula, por exemplo, que te irão obrigar a quebrar a monotonia da repetição de conjuntos. 


7. Substitui as encomendas online por comércio local, sempre que conseguires. Mais uma vez, a questão da conveniência, eu sei. Contudo, basta mudar a perspetiva e refletir sobre o que, na verdade, é a escolha mais acertada.


8. Rodeia-te de conteúdo que incentive os teus novos hábitos. Será que ver regularmente hauls de fast fashion vai ajudar a que consigas cumprir os teus objetivos de moda sustentável?


9. Aprende a ler etiquetas. Conhece os materiais, a sua composição, e o que significa, na verdade, um "made in Bangladesh". 


10. Cuida melhor das roupas que já possuis. Porque roupas amadas e cuidadas duram muito mais.


11. Cria uma conta de Instagram para seguires closet sales e lojas sustentáveis. Não digo para o fazeres na tua conta principal se isso se tornar num estímulo para consumir mais do que precisas. Contudo, se tiveres uma conta separada, poderás dirigir-te a ela sempre que precisares de algo, aumentando assim a conveniência de comprar sustentável e em segunda-mão.


12. Descobre propósitos para roupas estragadas, em vez de as deitares para o lixo. Já o disse várias vezes e volto a repetir: roupa para o lixo só mesmo em último caso!


13. Cria e mantém atualizado um glossário de termos mais específicos no teu computador. Sempre que encontrares um termo que desconheces, aponta-o, pesquisa o seu significado e guarda para futuras dúvidas. Aos poucos, vais ficando mais familiarizado/a com os conceitos. 


14. Retira a tua subscrição das newsletters de lojas de fast fashion. Longe da vista, longe do coração - não é assim que se diz?


15. Partilha a informação que vais aprendendo com amigos e família. Porque se uma ação individual tem impacto, imagina quando esta se torna numa ação conjunta. 


Aqui estão 15 ideias de resoluções, mas podia colocar muito mais. Adequa estas frases gerais aos pontos específicos do teu dia-a-dia, para que seja mais fácil inserires estes novos hábitos na tua rotina.


xoxo,

M.


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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Sugestão de Looks para o Natal


E que tal juntarmos dois dos meus temas favoritos numa só publicação? Moda e Natal são as palavras-chave de hoje, já que vos trago algumas sugestões de outfits para arrasar na melhor noite e dia do ano. Como sei que as preferências do tipo de conjunto a usar nesta época variam bastante, dividi este post em várias categorias, sendo que podem ir diretamente para aquela que descreve o vosso Natal. Gostes de te vestir de forma mais elegante ou confortável, haverá ideias para todos os estilos!


Cozy Christmas


A primeira secção é para aqueles que gostam de estar bem confortáveis tanto na noite como no dia de Natal. Se o teu uniforme natalício costuma pautar-se por um bom fato de treino ou um pijama, então é nesta secção que te deves inspirar.



Ugly Christmas Sweaters


A tradição de usar uma daquelas camisolas *lindas* de Natal é comum em muitas famílias um pouco por todo o mundo, por isso, não podia deixar de dedicar uma secção a elas. Apesar de serem conhecidas como "ugly sweaters", nada diz que não possas criar um outfit lindo com esta peça. Não acreditas? Vê estas sugestões!




Fancy Christmas


Esta é a minha secção, como já devem imaginar. Nos meus Natais, gosto sempre de vestir algo mais elegante como um vestido ou um macacão e os saltos altos costumam ser indispensáveis (principalmente no dia de Natal). Mesmo em casa, sinto que os dias especiais merecem conjuntos igualmente especiais!




Casual Christmas


Com o intuito de encontrar um meio termo entre o pijama e o vestido, chegámos à categoria do casual christmas. Aqui, vale um bocadinho de tudo, no entanto, há sempre forma de tornar looks simples em algo mais natalício... Podem brincar com as cores, com a maquilhagem, com os acessórios - é só preciso alguma imaginação e criatividade (ou, então, ver as inspirações que aqui vos deixo!).


Eu já vos contei em que categoria me insiro, agora faltam vocês... Que Natal vão viver? Independentemente do outfit, espero que seja repleto de alegria, diversão e muito amor.


xoxo,

M.


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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Como Construir um Armário Sustentável


Está quase a fazer um ano desde que comecei esta minha jornada pela sustentabilidade na indústria da moda. Tenho de dizer que tem sido uma caminhada bastante interessante, ao ponto de um momento de curiosidade pelo tema ter-se transformado no meu principal assunto de trabalho, não só na faculdade, mas também no meu cantinho do digital. Um ano depois, sinto que já vos consigo dar algumas dicas sobre a criação de um armário sustentável e é exatamente isso que venho partilhar convosco na publicação de hoje. Espero que seja uma publicação tão útil para vocês como teria sido para mim quando iniciei esta mudança na minha vida.


Construção de um Armário Sustentável 101:

1. Não caias no erro de começar por deitar tudo fora - as peças mais sustentáveis são aquelas que tens no teu armário, independentemente de onde e como as compraste.


Vejo muita gente a pensar que, para ter um armário sustentável, tem de se livrar, por exemplo, de todas as peças de fast fashion que alguma vez comprou. Mas isto é mentira! Não só não faz sentido deitares para o lixo roupa que adoras, como também essas peças de que te ias livrar teriam de ser substituído por algo novo, que gastaria mais recursos desnecessários. Começa sempre com o que tens e inicia a tua jornada a partir daí.


2. Contudo, se tiveres demasiadas peças, podes (e deves) fazer uma triagem.


Foi assim que eu comecei, por isso só faz sentido incluir este passo aqui. Muitas vezes, nós sentimos necessidade de ter um armário mais sustentável porque este nos começa a assoberbar, e é aí que sabemos que temos de reduzir. Nesta triagem, podes incluir várias categorias:


- Peças para dar um novo propósito: por exemplo, aquela t-shirt branca que está cheia de manchas, mas que pode ser sempre utilizada como um pano de limpeza. Atenção: uma peça de roupa só deve ir parar ao lixo mesmo em último caso (quanto mais o conseguirem evitar, melhor).

- Peças para doar/vender: peças que estão em boas condições, mas que já não gostas ou não te servem e, por isso, podem ser doadas ou vendidas. 

- Peças para transformar: seja porque umas calças precisam de ser apertadas ou porque uma camisola ficava melhor sem as mangas, há sempre peças que usaríamos muito mais vezes se fossem personalizadas; por isso, junta um saco para levar a uma costureira.

- Peças para ficar: as peças que vais manter no teu armário.


3. Construir um armário sustentável é algo que precisa de muito tempo e paciência, pois apenas virá com as escolhas que precisas de fazer após iniciares a mudança.


Estou neste percurso há quase um ano, como vos disse, e, neste momento, apenas 20% do meu armário deve poder ser considerado como "sustentável". E porquê? Em primeiro lugar, porque reduzi muito as vezes que faço compras e, por isso mesmo, não tenho tantas vezes a possibilidade de trazer peças novas (que representam os meu novos valores) para o meu armário. No entanto, esses 20% advêm de todas as vezes que, ao longo deste ano, tive a possibilidade de fazer uma escolha. No fundo, este é um caminho que é para ser vivido - a sustentabilidade é algo que se vai construindo e a ideia de uma "meta final" é irreal, pois há sempre algo que podíamos melhorar. 


4. Quando precisas de comprar uma peça nova, procura inicialmente se esta pode ser encontrada em segunda mão ou através de um projeto de upcycling.


A sustentabilidade baseia-se, antes de qualquer coisa, na tentativa de não utilização de novos recursos. Por isso, sempre que necessitamos de algo novo, devemos procurar algo que seja novidade, sim, mas só para nós. Assim, devemos recorrer às várias alternativas em segunda mão que possamos ter ao nosso dispor, ou até à transformação de peças que já temos no nosso armário. Por exemplo, quando a tendência dos coletes começou a aparecer, em vez de comprar uma peça nova, eu optei por transformar uma camisola simples que já tinha no meu armário - mas que não usava - num colete, que agora uso semanalmente.


5. Apenas se não encontras o que procuras com as soluções acima referidas, deves fazer as tuas compras em lojas com uma produção ética e sustentável. 


Quando o ponto 4. não consegue ser realizado, então passa-se para a segunda melhor opção: as lojas sustentáveis. Aqui, podemos optar por marcas mais pequenas, como marcas mais ligadas à nossa cidade, ou então cadeias de maior produção, tendo sempre a confirmação de que a marca é efetivamente aquilo que diz ser (ninguém quer cair em greenwashing).




E é seguindo estes passos que se vai construindo um armário sustentável. Como disse, é um processo lento, e não podemos esperar atingir a meta final no dia a seguir a tomarmos a decisão de iniciar esta jornada - na verdade, não há uma meta final, pois existirá sempre uma forma de fazermos algo mais pelo nosso Planeta.


xoxo,

M.


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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Guia de Prendas Sustentáveis #4 | A Minha Wishlist


Como este ano não escrevi (ainda) uma carta ao Pai Natal, decidi terminar o meu guia de prendas sustentáveis com a minha própria wishlist. E, atenção, aqui irei deixar-vos todos os meus desejos, sendo eles concretizáveis ou não - porque obviamente ninguém me vai comprar um par de botas de 500€, disso eu tenho a certeza. Nem tudo o que aqui está presente refere-se a marcas conhecidas pela sua sustentabilidade, contudo, achei importante referi-lo na mesma pois são coisas que realmente fazem falta no meu dia a dia e que, por isso mesmo, são sustentáveis para mim, pois irei planeio usá-las até à última gota. Por isso, Pai Natal, se tens por aí 500€ que não precisas, faz o favor de passar diretamente para o ponto 10... Para os restantes, podem começar pelo início. 


Christmas Wishlist: 





1. Sutiã de Algodão Orgânico, Organic Basics: Já há muito tempo que quero experimentar esta marca, principalmente devido aos seus materiais, e acho que 2021 vai ser o ano. Não só estamos todos a precisar de um conforto extra, como a minha gaveta da roupa interior ainda não sofreu a ronda da sustentabilidade que precisa.

2. Gilet Gaspard, Sézane: Sou uma eterna fã visual das malhas da Sézane - e digo visual porque, bem, ainda não tenho nenhuma. Contudo, acho que vou começar a poupar umas moedinhas se o Pai Natal escolher não me colocar esta peça debaixo da árvore.

3. Deadwood Debbie Biker Jacket: Já falei várias vezes de como gostava de investir num bom casaco de cabedal - algo que fosse simultaneamente sustentável e duradouro. Apesar de saber que essa combinação é difícil de obter, gostava de dar uma oportunidade à pele reciclada que a Deadwood produz... E este modelo é dos meus favoritos!

4. Champô Sólido, Mind The Trash: Uma das coisas que ainda não substituí por uma versão mais sustentável são os produtos da minha rotina de banho. Espero em 2021 mudar isso, e nada melhor para começar do que um champô sólido de uma das marcas portuguesas que mais admiro.

5. Aeroccino, Nespresso: Sustentável? Talvez não, mas estou ansiosa por experimentar este acessório que tenho a certeza que irá tornar os meus pequenos-almoços muito mais deliciosos. 

6. Jarra Maria Branca, Clay Factory Shop: Estou de olho nesta menina (literalmente) há mais tempo do que vos consigo dizer. Aliás, já falei dela numa outra publicação desta rubrica, por isso imaginem como ela simplesmente não me sai do pensamento!

7. Vasos O Cactuu: Eu podia ter especificado, eu sei, mas quero todos! E, já agora, também quero uma casa maior para ter espaço para todos os vasos que estou a pedir nesta wishlist.

8. Mini Bia Earrings, Cinco Store: Uma das principais coisas que pedi ao Pai Natal *cof cof* à minha mãe *cof cof* foram uns brincos simples e delicados que pudesse usar diariamente. Estes são uma boa opção, mas admito que em acessórios não sou nada esquisita.

9. Capa de Mármore MacBook, Amazon: Troquei de computador este ano e, pela primeira vez, tenho um MacBook nas minhas mãos. Não sei que raio de fantasia é que eu criei, mas sempre imaginei que, no dia em que comprasse um computador da Apple, teria de ter uma daquelas capas lindas de mármore... Por isso, bem, aqui estamos!

10. Betty Rain Boots, Chloé: Acreditam no amor à primeira vista? Eu sim, porque foi isso que aconteceu quando vi estas galochas de uma marca tão acessível que provavelmente perdurará na minha wishlist para o resto da minha vida. Sonhar não custa!


E aqui está a minha lista de desejos de Natal para 2020. Admito que já se começa a tornar num verdadeiro clássico e é sempre muito divertido partilhar os meus gostos convosco todos os anos. E vocês? O que pediram ao Pai Natal este ano?


xoxo,

M.


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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

"Wokewashing": O Novo Substituto de "Greenwashing"


Vivemos numa era especialmente impactada por movimentos políticos e sociais. Desde a (re)emergência do movimento #BlackLivesMatter até às eleições norte-americanas, ninguém consegue ficar indiferente a estes eventos, muito menos as marcas. Há uns meses, discutimos na publicação "Deve a moda intervir na política?" os vários motivos pelos quais uma marca deve ou não escolher um lado relativamente a causas que ultrapassam a indústria da moda em si. Aí, chegámos à conclusão que o consumidor procura cada vez mais ver as suas marcas favoritas a defenderem os seus valores económicos, políticos, sociais, ambientais... Mas também vimos as consequências disso.


Desde então, um novo conceito tem soado nas minhas redes sociais e, após alguma pesquisa, penso que finalmente consegui reunir a informação suficiente para vos falar dele. Wokewashing. Já alguém ouviu falar? Se estão dentro dos conceitos da sustentabilidade na indústria da moda, então este nome deve automaticamente associar-se ao conceito de greenwashing - um termo utilizado para descrever marcas, coleções, produtos ou campanhas publicitárias que afirmam ser sustentáveis mas que, na realidade, não o são (ou pelo menos não dão provas disso). Para saber mais sobre greenwashing, podem ler o artigo que deixo aqui. E, na verdade, ambos os conceitos acabam por ter uma raíz semelhante.


O que é "wokewashing"?

Resumidamente, este conceito aplica-se às marcas e empresas que revelam, por exemplo, nas suas redes sociais ou campanhas publicitárias, apoio a causas sociais que, na realidade, não defendem (pelo menos tão fortemente) dentro das suas próprias organizações. Tal como no greenwashing, o seu principal objetivo é utilizar estas causas sociais (que atualmente são bastante defendidas em sociedade) para chegar aos consumidores que se sentem próximos destas questões, ou até pelos que procuram nas marcas uma reflexão dos seus próprios valores. Ou seja, no fundo, é quando as causas sociais são utilizadas como forma de Marketing.


Exemplos de "wokewashing":

Há vários exemplos desta prática, nomeadamente ao nível das campanhas publicitárias que foram realizadas durante os eventos relacionados com as práticas racistas da polícia norte-americana. O caso mais polémico foi o da marca norte-americana Reformation (uma marca de moda sustentável) cujas práticas racistas dentro da organização foram expostas por funcionários, enquanto esta, nas redes sociais, fazia publicações de apoio ao movimento #BlackLivesMatter. Obviamente que a hipocrisia já é suficiente pela situação em si, mas não nos esqueçamos que os consumidores de uma marca sustentável geralmente estão ligados a outras causas sociais dentro das quais o combate ao racismo faz parte. Daí a problemática ter ganho um alcance mediático tão grande.


Outro exemplo (mais antigo) que me ressalta à cabeça está relacionado com as lojas de fast fashion que lançaram t-shirts com mensagens feministas. "We should all be feminists" e outras frases semelhantes foram impressas em simples camisolas brancas e milhões de peças foram vendidas um pouco por todo o mundo. Porquê wokewashing? Porque muito provavelmente as mesmas t-shirts que envergavam mensagens relacionadas com o empoderamento feminino haviam sido produzidas por mulheres em países mais pobres onde a desigualdade salarial é alarmante e onde estas acabam por estar sujeitas a violência e abuso sexual nos seus locais de trabalho. Onde está o feminismo presente na organização que o defende? Não está. Estava apenas nas t-shirts, porque sabiam que essas iriam ser uma verdadeira fonte de lucro. 


Como não ser vítima de "wokewashing":

Infelizmente, hoje em dia é bastante difícil sabermos se uma empresa cumpre ou não os mesmos valores que defende nas suas redes sociais. Na verdade, a maioria das empresas não é transparente face ao que se passa dentro da própria organização, sendo muitas vezes as suas práticas negativas denunciadas por antigos funcionários, chegando ao público muito mais tarde do que deviam. Contudo, existem sempre atitudes que devemos ter face às campanhas publicitárias que diariamente nos chegam.

  • Questiona tudo. Não tomes a informação que te é dada automaticamente como verdadeira simplesmente porque a empresa em questão é uma multinacional de renome - por vezes essas são as que mais escondem dentro das suas corporações.
  • Faz a tua própria pesquisa. Utiliza os motores de busca ou outras ferramentas para ires além das informações que as marcas te dão. Existem partilhas de antigos funcionários? Existe alguma organização externa que comprova as práticas que as marcas dizem que defendem?
  • Compara os anúncios "tendência" aos anúncios regulares. Quando a temática #BlackLivesMatter estava em voga, vimos o proliferar de pessoas negras e de outras etnias em anúncios publicitários e publicações das redes sociais. Contudo, é importante perceber se isso é algo regular para a marca ou se apenas se verificou quando os consumidores estavam a prestar atenção. 
  • Descobre os valores de uma empresa através da composição da mesma. Se uma marca tem como fundador um homem branco que apenas contrata outros homens brancos, até que ponto estarão estes familiarizados com conceitos como feminismo ou racismo? Contudo, esta informação consegue ser muitas vezes difícil de obter devido à falta de transparências das empresas.

E assim ficam apresentados ao conceito de wokewashing. No fundo, acaba por ter muitas semelhanças ao seu irmão greenwashing, concentrando-se apenas numa vertente mais social. Por isso, tal como este, é algo a que estamos sujeitos diariamente, mas que pode ser difícil de detetar. É preciso ter um olhar crítico e atento e não nos esquecermos que as nossas ações enquanto consumidores são decisivas para o comportamento das marcas.

xoxo,
M.

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Guia de Prendas Sustentáveis #3 | DIYs


Ao entrarmos em dezembro, quis dar continuidade ao nosso guia de prendas sustentáveis, focando-me agora naquelas que acabam por ter um significado especial. Na verdade, não há nada mais sustentável do que usarmos os materiais que temos por casa para criar prendas personalizadas e que, mesmo que não tenham um custo monetário elevado, são das que revelam o maior custo sentimental. Podia dedicar a publicação de hoje a ideias do Pinterest, mas, tendo em conta que eu não sou a melhor pessoa para vos aconselhar na área das artes manuais, decidi dar-vos DIYs diferentes. Estas são ideias simples, fáceis de fazer, que precisam de poucos materiais, mas onde não conseguem não deixar um bocadinho do vosso coração.


1. Jarro de Bolachas

  • Dificuldade: 2/5
  • Custo: €


Haverá alguma prenda mais doce do que um jarro de bolachas caseiras? E sim, o trocadilho foi intencional. Quando falamos de prendas homemade, é sempre de bolachas que me lembro primeiro, principalmente no Natal onde os bonecos de gengibre têm tendência a invadir o nosso forno. Aproveita e utiliza uma jarra de vidro reutilizada (podes ir guardando sempre que acabas um produto), para a decorares e se tornar na prenda mais personalizada possível.


2. Algodões desmaquilhantes reutilizáveis

  • Dificuldade: 4/5
  • Custo: €


Coloquei este DIY perto da dificuldade máxima, mas isso serve apenas para quem quiser fazer uma versão profissional desta prenda. Se queres oferecer algo útil e que ajude outros a percorrer um caminho mais eco-friendly, então esta é a melhor opção. Para criares estes algodões, basta escolher um tecido suave que tenhas aí por casa - pode ser uma camisola antiga, uma toalha que já não uses... Basta ser um material que não seja muito agressivo na pele. A partir desse tecido, corta alguns círculos e, se for necessário, para dar maior grossura, cola ou cose dois círculos juntos. Para os profissionais ou os que têm acesso a uma máquina de costura, podem tornar as extremidades mais suaves cosendo uma fita de cetim fina à volta dos algodões desmaquilhantes.


3. Livro de fotografias

  • Dificuldade: 2/5
  • Custo: €€


Sei que não sou a única que sente que, hoje em dia, apesar de tirarmos mais fotos, temos tendência a guardá-las e preservá-las cada vez menos. Gosto bastante de rever os meus álbuns de fotografias de quando era mais nova e, por isso, penso que seria uma ótima prenda poder trazer novas memórias através de um livro de fotografias. Para isso, basta selecionares as tuas fotografias favoritas, criar um design tipo livro (ou usar uma aplicação para isso, existem serviços que podem fazer isso por ti) e imprimir. Voilà!


4. História personalizada

  • Dificuldade: 1/5
  • Custo: €

Gosto muito de fazer este tipo de prendas para crianças e sinto que elas também o valorizam. Esta é, talvez, a prenda mais simples e pode não custar um único cêntimo. Consiste apenas em escrever uma história (podem inventar ou adaptar a uma já existente) e personalizá-la com os traços característicos à pessoa para quem estão a escrever - nome, idade, local onde vive, gostos, sonhos, etc. Se escrever não é bem o teu forte, também existem marcas que personalizam os seus próprios livros com o nome que escolheres... Também é uma boa opção!


5. Kit de cinema

  • Dificuldade: 2/5
  • Custo: €€


Na verdade, menti quando vos disse que não ia simplesmente deixar aqui ideias do Pinterest... Ou, pelo menos, nesta ideia tenho de admitir que, a primeira vez que a fiz, foi numa fotografia dessa mesma rede social que me inspirei. Para fazerem o vosso kit de cinema, basta reutilizarem uma caixa de cartão que tenham aí por casa (e que podem personalizar ao vosso gosto) e colocarem lá dentro todas as coisas que associam a uma ida ao cinema: pipocas, guloseimas, refrigerantes... e um bilhete, com a hora e o título do filme que sugerem ver!


Estas são cinco ideias simples de como podem tornar pequenos materiais que tenham aí por casa em DIYs que dá gosto colocar debaixo da árvore de Natal. Por isso, agora só falta dizer uma coisa: mãos à obra!


xoxo,

M.


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Editorial de Dezembro

Editorial de Dezembro
Um dos meus meses do ano favorito chegou. Gosto tanto da chegada do inverno, das tardes à lareira, de ver a árvore de Natal a brilhar no canto da minha sala. Há algo mais mágico do que isto? Não, por isso agarra a tua caneca de chocolate quente e aproveita os artigos deste mês.

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