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Sou uma pessoa bastante otimista. Tenho o grande defeito (ou qualidade, não sei) de acreditar que os outros procuram sempre dar o melhor de si, tal como eu procuro dar. Com o passar dos anos fui-me apercebendo de que, bem, isso não é propriamente verdade... Mas mesmo assim, quando me fazem perguntas sobre o futuro, a menina ingénua dentro de mim tende sempre a levar as suas respostas para o lado positivo porque, no fundo, nunca deixarei de acreditar no bem da Humanidade. E, quando falamos de moda, a minha opinião mantém-se.
Ultimamente, temos assistido ao crescer do conceito de "sustentabilidade" em todas as vertentes da nossa vida e, claramente, a moda é uma delas. Falamos da pegada ecológica das indústrias de fast fashion, falamos dos direitos dos trabalhadores, falamos do rácio preço-qualidade, falamos das vantagens de comprar local, falamos... sim, de moda sustentável. Sustentável face ao ambiente, face aos recursos que temos disponíveis, face às necessidades do consumidor, face ao bem-estar do trabalhador. Assim, neste meio, foram aparecendo conceitos como o consumo responsável, os armários-cápsula, a opção por um esquema de cores, a procura de marcas portuguesas - tudo assuntos que já abordei por estas paragens e que, certamente, voltarei a abordar no futuro, mas que, por agora, fazem parte de um conceito maior que eles mesmos: a moda sustentável.
A fast fashion vai autoesgotar-se
O meu eu de há uns anos, sem qualquer consciência ecológica, negaria as minhas palavras de hoje. Mas, na verdade, acho que a fast fashion tem um prazo de validade tão curto quanto as roupas que produz... Não digo que irá desaparecer por completo, mas que o fenómeno, pouco a pouco, vai desaparecer. E porquê?
1. Os hábitos de consumo vão-se alterar. Tal como a fast fashion foi criada a partir da necessidade (e capacidade) dos consumidores de adquirir mais e mais, também esta vai desaparecer quando os hábitos de consumo da população passarem a ser mais ponderados e baseados na sustentabilidade. Lá está - nem todos os consumidores irão fazê-lo, mas basta uma pessoa alterar a sua maneira de comprar para influenciar outra pessoa e essa pessoa influenciar outra pessoa... E entramos assim numa espiral positiva de influência.
2. As marcas de fast fashion vão adequar a sua produção às novas tendências. Porque se a sustentabilidade for uma tendência - e hoje é, ninguém o pode negar - as marcas também irão procurar segui-la para conseguir corresponder aos pedidos dos consumidores. Isto já está à vista! Já conhecemos a "conscious collection" da Zara ou da H&M... Mas, e agora? Serão estas coleções verdadeiras mudanças do curso da marca ou apenas truques de Marketing temporários? A dúvida mantém-se.
O digital será o caminho para a sustentabilidade
A moda não é só a roupa - a moda é toda uma indústria de triliões de dólares que engloba os mais variados setores. É óbvio que é importante começar pela base para iniciar a mudança, mas acredito que o digital será a ferramenta-chave para tudo o resto.
1. Os lançamentos de coleções serão feitos a partir das redes sociais. Por muito que custe admitir, nos dias de hoje, um desfile de moda tem um mero valor simbólico... Este existe apenas para que a marca possa renovar o seu estatuto na indústria entre as personalidades mais relevantes da mesma; no entanto, para o consumidor, o impacto é mínimo. É nas redes sociais que o consumidor está, é através de um post no Instagram que conseguimos fazer de uma peça um objeto de desejo e as influencers são, no fundo, as novas campanhas publicitárias. Ora, ao nível ambiental, isto terá um impacto extremamente positivo! Já não será preciso voar centenas de pessoas de uma semana da moda para a outra, já não haverá a construção de cenário megalómano que será utilizado por 20 minutos... Haverá somente uma modelo, um fotógrafo e uma publicação nas redes sociais.
2. O teletrabalho será uma constante. Com o crescimento da importância do digital, é óbvio que a maioria das profissões do futuro será focada neste setor - e já ninguém precisa de ir para o escritório para ter acesso a um computador com Internet. Se há algo que o coronavírus nos fez ver, é que o teletrabalho é, em muitos casos, não só possível como também preferível, nomeadamente quando põe em causa diversas questões ambientais, como a utilização de meios de transporte.
No fundo, acredito que lentamente a indústria da moda irá fluir para uma vertente mais sustentável. Algumas marcas irão fazer esta transição à medida que a sua consciência ecológica (ou a dos seus consumidores) for ficando cada vez mais forte e outras serão obrigadas a fazê-lo com o aumento da pressão legal sobre as mesmas. A sustentabilidade é o futuro da moda e o futuro do mundo e cabe a cada um de nós fazer o que for necessário para que esta seja uma realidade que saia do papel (ou do computador neste caso, claramente esta expressão deixou de fazer sentido).
xoxo,
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Tenho andado desde o começo da quarentena com vontade de fazer esta publicação, mas decidi deixar passar umas boas semanas para que eu própria pudesse refletir verdadeiramente sobre o assunto. Na verdade, desde que as minhas aulas passaram para o mundo online - para a tão famosa Universidade Zoom - que todas as minhas formas de produtividade se resumem ao online. Estudo no computador, trabalho no computador... eu até descanso no computador, quando estou a ver séries e vídeos no YouTube!

Assim, foi-se tornando cada vez mais difícil encontrar o equilíbrio ideal entre o online e offline e, acima de tudo, entre o estar a trabalhar e estar a descansar. Eu sei, eu sei... Vivemos na era digital e talvez esta quarentena seja apenas o início de uma tendência de mudança global, onde o teletrabalho e as aulas através de uma webcam serão o modelo estandardizado de um percurso académico e profissional.
Iremos ver os outros através de pequenos ecrãs que se acendem quando falam.
Iremos ver-nos a nós arranjados para cima e de calças de pijama para baixo.
Iremos ver o mundo através de um pequeno aparelho que tem o mundo dentro dele.
Mas, em primeiro lugar, temos de nos habituar a isso - nem para todos é fácil saber quando desligar a série e abrir o site da empresa para começar a trabalhar (ou até o contrário). A produtividade na era do online é um desafio e, por isso, reuni algumas das estratégias que têm funcionado comigo durante estes últimos dois meses para me adaptar à este "novo normal".
Como ser produtivo na era do online:
1. Retira todas as distrações possíveis do teu ecrã. Mesmo quando só temos à nossa frente o site ou ficheiro onde estamos a trabalhar, o nosso computador consegue trazer-nos mil e uma distrações... Desde as notificações que fazem um pequeno barulho surpresa ao aparecer até à barra inferior onde tão facilmente podemos abrir uma nova página, seja para mudar a música ou ir pesquisar uma informação que acabámos de nos lembrar.
Apesar de serem bastante úteis, todas estas funcionalidades conseguem ser simultaneamente um grande obstáculo à nossa concentração e, assim, há que retirar o máximo de "ruído visual de fundo" possível do nosso ecrã para nos concentrarmos no que verdadeiramente importa.
2. Mantém pelo menos uma parte da tua rotina em papel. E se não for por uma questão de gosto que seja, pelo menos, por uma questão de saúde... Pois não importa se usamos os óculos xpto que bloqueiam os reflexos do computador, todos sabemos que olhar demasiado tempo para um ecrã tem um efeito prejudicial para a nossa saúde.
No meu caso, sempre mantive uma parte da minha rotina em papel: os meus apontamentos. Mesmo quando estou a assistir a uma aula online, todas as minhas notas são feitas nos meus tão adorados cadernos e, quando cada aula acaba, faço questão de os passar a limpo para uma folha nova (sim, tenho toneladas e toneladas de cadernos com apontamentos no canto do meu sótão). Se, no teu caso, algo semelhante não for possível, opta por preferir métodos de organização em papel, como listas e agendas.
3. Não "desaprendas" a entreter-te fora do online. O que, infelizmente, foi o que me aconteceu até há uns meses atrás... Como sempre me habituei a passar a maioria do meu tempo no computador, quando cheguei aos dias de quarentena em casa e sentia que passava 80% dos meus dias em frente a um ecrã, procurei fazer coisas mais offline. E qual não foi o meu espanto quando me apercebi de que não sabia o que fazer...
Tive de reaprender a entreter-me fora do computador, do telemóvel e das séries na televisão. Passei a ler mais, a cozinhar mais, a fazer alguns DIYs e até fiz um puzzle - tudo isto para me manter ao máximo afastada do digital e tudo isto que me soube tão bem.
(O ponto 2. e 3. estão relacionados com a produtividade na medida em que passar muito tempo em frente ao computador pode ser pouco estimulante para a nossa atividade cerebral e, assim, procurar ir realizando atividades fora desse meio é essencial para reativarmos a motivação e concentração do nosso cérebro durante as horas de trabalho.)
4. Planeia rigidamente horários de trabalho e lazer. Uma das maiores queixas que denotei ao longo desta quarentena, principalmente daqueles que haviam passado pela primeira vez para o teletrabalho, é que era muito difícil desligar-se das tarefas do emprego. Enquanto que estando num escritório sabemos que o trabalho acaba quando saímos de lá, o trabalho parece não terminar quando este se realiza no computador, pois estamos sempre a receber chamadas, e-mails e tarefas a qualquer hora e momento.
Assim, é importante sermos bastante rígidos nos horários de trabalho e lazer que planeamos antecipadamente. Se o nosso horário de trabalho é entre as 9h e as 18, esse será também o nosso horário de teletrabalho - não é por estarmos online a outras horas que somos obrigados a responder ao e-mail que acabámos de receber... Muito pelo contrário, é importante estabelecer limites. Assim, se utilizas também os teus aparelhos eletrónicos para momentos de lazer, não te sintas culpado/a quando não realizas uma tarefa pedida quando estás fora do teu horário de trabalho. Está no teu direito ter momentos offline.
E estes são os pequenos quatro pontos que é preciso abordar quando se fala de produtividade na era do digital. E vocês? Como têm vivido esta experiência? Estão a gostar do teletrabalho e das aulas online ou preferiam tudo antes?
xoxo,

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Comércio local: um conceito que me tem apaixonado e pelo qual me quero debruçar muito mais nos próximos tempos. Há qualquer coisa de muito bonito em comprar uma peça que sei que não irei ver por todo o lado no Instagram, uma peça que foi feita à mão e cujos acabamentos estão cheios de amor e carinho, uma peça cuja compra tem efetivamente um impacto na vida de alguém, especialmente alguém do meu país.
É verdade que esta pandemia nos fez questionar muitas coisas e, para mim, uma das que mais se destacou foi: que impacto tem o meu consumo? Seja positivo ou negativo. Que impacto tem no ambiente? Na vida das pessoas? Na minha própria vida? Apaixonada por moda como sou, é óbvio que este consumo se reflete bastante nas minhas roupas, nos meus acessórios e no meu estilo. Questionar-me de tudo isto fez-me decidir que quero fazer uma mudança gradual... Aos poucos, quero tornar o meu consumo mais consciente, ponderado, sustentável e baseado em comércio local.
E o primeiro passo? Apaixonar-me por peças...
Foi muito fácil pois bastou-me fazer uma rápida pesquisa para descobrir marcas maravilhosas que produzem peças segundo todos os critérios que quero trazer para o meu armário. E tinha de partilhar essa descoberta convosco!
Assim, aqui vos deixo a minha wishlist de marcas de moda portuguesas!
Le Mot
Descobrir uma marca que tem a mesma paixão pelo francês que eu foi, obviamente, amor à primeira vista. Sou uma apaixonada pela língua francesa, pelo estilo francês... E a Le Mot juntou o melhor de dois mundos, através da criação de peças tão lindas quanto sustentáveis! A marca foi fundada em 2017 e a produção das peças é feita em Lisboa.
Guaja Studio
Gosto de marcas irreverentes - que não têm medo de arriscar em silhuetas, designs ou tecidos - e admiro a Guaja Studio por isso mesmo. Admito que o que captou inicialmente a minha atenção foi a fotografia dos produtos... Cenários tão bonitos, combinações tão poderosas que só nos apetece saltar para a fotografia para nos colocarmos no lugar da modelo!
Rust & May
Vejo a Rust&May como uma marca de básicos... É aquela marca onde compro peças simples, mas de ótima qualidade e que espero que fiquem no meu armário durante muitos e muitos anos. De todas, acaba por ser a marca com os preços mais acessíveis, mas que nada deixa a desejar na qualidade. Melhor do que isso só a possibilidade de podermos personalizar as nossas sweaters favoritas!
Descrevem-se como uma marca intemporal e sustentável e eu não poderia estar mais de acordo. Nota-se que cada peça é feita com uma intenção, com o objetivo de preencher uma determinada falha no nosso guarda-roupa... É a conjugação perfeita entre um design inovador mas que facilmente se integra nas peças que já possuímos, no armário sustentável e intemporal que tentamos criar.
A Sienna é quem vem dar cor a esta publicação - e quem me dera que também viesse dar cor ao meu armário! Sempre com um toque extremamente elegante, cada peça revela um design feminino, mas arrojado e que nos dá vontade de ter naquele segundo.
xoxo,
Manila Blazer || Bogotá Top ||
E estas são as peças portuguesas pelas quais me tenho andado a apaixonar nos últimos tempos. Que marcas de moda portuguesa conhecem? Contem-me as vossas favoritas, adorava fazer uma nova wishlist com as vossas partilhas!
xoxo,
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Aqui está o que eu vesti numa semana em quarentena.
segunda, 27 de abril de 2020
Para começar a semana, gosto sempre de vestir um outfit confortável, mas que me traga simultaneamente alguma normalidade. Assim, é muito comum, mesmo na quarentena, vestir roupa que usaria no meu quotidiano, dando-lhe simplesmente um toque mais cozy.
Assim, conjuguei uma das minhas sweaters favoritas com umas culottes largas, super confortáveis, e com um tecido plissado lindo. Acho que foi mesmo o melhor dos dois mundos... Consegui ter pormenores interessantes no meu look sem nunca perder o conforto! (E não, provavelmente não irão ver aqui nenhum dia nem com calçado, nem com acessórios.)
Assim, conjuguei uma das minhas sweaters favoritas com umas culottes largas, super confortáveis, e com um tecido plissado lindo. Acho que foi mesmo o melhor dos dois mundos... Consegui ter pormenores interessantes no meu look sem nunca perder o conforto! (E não, provavelmente não irão ver aqui nenhum dia nem com calçado, nem com acessórios.)
terça, 28 de abril de 2020
Na terça-feira, quis dar um up ao meu look pois precisei de ir ao supermercado e, nos dias de hoje, isso é quase motivo para vestir um dos meus vestidos de gala.
Por isso, vesti uma das minhas camisolas favoritas, criando um look em tons neutros acastanhados ao adicionar umas calças castanhas e uma gabardina em tons dourados. Terminei o look com os meus chunky sneakers brancos (sim, neste dia tive de me calçar!).
quarta, 29 de abril de 2020
Mais um dia em casa, mais um outfit cosy... E sim, para mim calças de ganga é algo bastante confortável, principalmente quando são mom jeans.
Como no dia anterior tinha estado a trocar a minha roupa de inverno para um armário de primavera, procurei vestir peças bastante mais frescas, como foi o caso desta camisola de malha leve e super confortável, juntamente com uma das minhas camisas clássicas favoritas. Fugi um bocadinho ao meus tons habituais, mas, de vez em quando, também sabe bem!
quinta, 30 de abril de 2020
Finalmente, a primavera já espreita! Na quinta-feira, ainda tive a oportunidade de trabalhar um bocadinho no jardim e queria celebrar isso com um outfit mais primaveril... E, na verdade, não há nada mais primaveril do que a minha saia plissada rosa! Conjuguei-a com uma das minhas golas altas favoritas (sim, porque eu eu ainda ando com frio) e voilà!
sexta, 1 de maio de 2020
Geralmente, as minhas sextas são sempre pautadas por looks bem mais descontraídos pois são o dia em que, para além de trabalhar, também faço a limpeza da casa.
Assim, apostei numas calças de ganga estilo mom jeans super confortáveis e uma sweater que normalmente só uso mesmo para andar por casa. Apanhei o cabelo e aqui está um look bem simples para ficar por casa (e para fazer tarefas domésticas).
Qual foi o vosso look favorito? Também se vestem assim nestes dias ou preferem a típica alternância entre pijama e fato de treino?
xoxo,
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