Ah, rotinas matinais... Aquela coisa que toda a gente quer ter, mas que para a qual (quase) ninguém se digna a adiantar o despertador uns minutos mais cedo para que esta seja um pouco mais do que um banho e um pequeno-almoço tomados a correr. Não há nada mais precioso do que as nossas horas de sono, não é verdade? Não, contrariamente ao que muitos pensam, não é verdade. Por muito importantes que sejam as nossas horas de sono, a mudança - para muita gente - não está na hora a que nos levantamos, mas na hora em que nos deitamos.
E voltando ao tema de hoje que já me estou a desviar: ter uma rotina matinal do nosso agrado é o primeiro passo para termos um bom dia, pois o nosso humor de manhã tem uma influência gigantesca naquilo que sentimos, vivemos e transmitimos aos outros ao longo do nosso dia. Daí a importância de começar cada dia de forma calma, daí a importância da nossa rotina matinal.
Mas, como podes criar a tua rotina matinal?
1. Definir o tempo que tens disponível de manhã
Há que ser realista, nem toda a gente pode dispensar 2 horas da sua manhã para estar sentada no sofá a escrever o que está a sentir. Assim, calcula a duração da tua rotina contando quanto tempo tens a partir da hora em que acordas até à hora em que precisas de pôr um pé fora de casa. E se estão à procura de uma média ideal, essa rondaria 1h/1h30.
(É aqui que o teu objetivo de "levantar cedo" entra em jogo: tudo bem, precisamos de dormir cerca de 8 horas, mas e que tal optares pelo provérbio "deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer"? Se queres arranjar mais uma hora de manhã para criares esta tua rotina matinal, começa por te deitares uma hora mais cedo.)
2. Subtrai o tempo que necessitas para as tarefas básicas
Tomar banho, vestir, pentear, comer o pequeno-almoço e todas aquelas coisas que simplesmente não podem ser retiradas da tua rotina matinal por serem o core desta. Soma o tempo que todos estes passos te levam a fazer e subtrai-o do tempo que tens no total disponível para cada manhã.
Ficaste com menos de 15 minutos? Volta ao passo 1, pois há algo de errado aí. Mais uma vez, define bem quanto tempo é podes retirar do teu sono de manhã e passá-lo para a noite. O ideal seria ficar com 30 minutos e é esse tempo que irei considerar a partir de agora.
3. Retira da tua rotina matinal todas as coisas que podes fazer no dia anterior
E porque sei que, mesmo assim, o tempo que restou do passo 2 pode ainda não ser o desejado, vamos tentar arranjar mais tempo ao retirar desta rotina todas as coisas que podem ser feitas na véspera. Entre elas, está: escolher o outfit, preparar a mala ou a refeição que será levada para o trabalho, escrever a to-do list e tudo o que não precise obrigatoriamente de ser feito cada manhã.
Agora, quanto tempo tens? Vamos utilizar esse tempo restante nos próximos passos.
4. Escolhe duas atividades que completem a tua manhã
a) Uma de relaxamento ou pura satisfação (resumidamente, algo que gostes):
Meditar, fazer yoga, ler, escrever, ver um vídeo no YouTube, ouvir um podcast e tantas coisas mais que eu poderia escrever aqui, mas que irei deixar ao vosso critério.
b) Uma de preparação para o dia:
Rever a agenda, fazer um circuito de exercício físico, fazer um smoothie, arrumar alguma parte da casa - coisas que melhorem o teu dia seja ao nível da saúde, da organização ou da paz mental.
Podes misturar estas duas atividades, dividi-las pelo tempo que tens, fazer mais do que duas... O que quiseres! A única coisa que importa é sentires-te relaxada, feliz e preparada para o dia que tens à frente - estes sim são os objetivos de uma rotina matinal.
5. Completa os "espaços brancos" com atividades mais pequenas
Enquanto o teu pequeno-almoço está a acabar de ser preparado, podes fazer algo mais? E assim que te levantas, consegues inserir alguma coisa nesse período de tempo que melhore a tua qualidade de vida em algum nível? Falo de coisas pequenas como beber um copo de água em jejum, fazer a cama, dar um toque extra à tua maquilhagem, enviar uma mensagem de bom dia a alguém que te faça feliz ou, sinceramente, qualquer coisa que sintas que possa ser inserido no "espaço branco" de tempo que tens e que substituía esse scroll sem fim pelo Instagram.
E, cinco passos depois, tens criada a melhor rotina matinal para ti - aquela que se adequa ao tempo que tens, aos teus gostos, ao que precisas e ao que te faz feliz. Esta rotina matinal não precisa de ter a estética que a rotina matinal das tuas YouTubers favoritas tem, nem precisa de ser perfeita todos os dias... Apenas precisa de ser tua e de ser repetida ao longo dos teus dias para que se torne, efetivamente, numa rotina.
xoxo,
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"E então, Mariana, achas que esses cinco meses longe de casa valeram a pena?" Esta é, sem dúvida, uma das perguntas que mais me fazem desde que passei as férias de Natal em casa. No entanto, tendo em conta que é uma pergunta bem mais complexa do que um simples "sim" ou "não", achei que faria sentido explicar-vos mais detalhadamente a minha resposta através desta publicação.
Mas, e como eu sei que muitos vieram aqui à procura dessa resposta rápida, aqui vai a minha: sim, valeu completamente a pena.
Em primeiro lugar, porque é que uma pergunta mais complexa do que se pensa?
Bem, eu sem dúvida que vivi muita coisa nestes últimos meses - como devem imaginar, há muito que se pode experienciar em mais de 150 dias de vida (obviamente usei a calculadora para fazer esta conta, quem pensam que sou) - e, no meio de todas as coisas, houve partes boas e partes menos boas. Se houve uma parte que se destacou mais? Claro que sim, mas penso que estamos a entrar numa cultura onde esconder as dificuldades que passamos se tornou numa prática comum, e eu não quero, de todo, apoiar isso.
Então, isso quer dizer que valeu a pena?
Valeu a pena, sim, mas não porque foi tudo cor-de-rosa e arco-íris como muita gente pinta esta fase da nossa vida... Valeu a pena, porque não só me permitiu viver imensas experiências positivas, como também cresci imenso enquanto enfrentava as dificuldades e obstáculos que este desafio colocou no meu caminho.
Quando falas de dificuldades, estás a falar de saudades de casa?
Claro que essa parte tem de estar incluída nas dificuldades, mas, na verdade, existiu muito mais para além disso - coisas que, contrariamente às saudades, não estava à espera de ultrapassar. E não vos falo de nada de outro mundo, mas simplesmente de dificuldades que qualquer pessoa que nasceu e cresceu num determinado background cultural tem de passar ao se inserir num novo estilo de vida completamente diferente:
Então, isso quer dizer que valeu a pena?
Valeu a pena, sim, mas não porque foi tudo cor-de-rosa e arco-íris como muita gente pinta esta fase da nossa vida... Valeu a pena, porque não só me permitiu viver imensas experiências positivas, como também cresci imenso enquanto enfrentava as dificuldades e obstáculos que este desafio colocou no meu caminho.
Quando falas de dificuldades, estás a falar de saudades de casa?
Claro que essa parte tem de estar incluída nas dificuldades, mas, na verdade, existiu muito mais para além disso - coisas que, contrariamente às saudades, não estava à espera de ultrapassar. E não vos falo de nada de outro mundo, mas simplesmente de dificuldades que qualquer pessoa que nasceu e cresceu num determinado background cultural tem de passar ao se inserir num novo estilo de vida completamente diferente:
- A comunicação com as pessoas na rua (para quem não sabe falar a língua);
- A dificuldade em se sentir "em casa";
- A sensação de estares constantemente a enfrentar o desconhecido onde quer que te encontres;
- (Esta é muita específica ao Erasmus mas) estares constantemente a precisar de coisas em que não queres investir porque sabes que é apenas temporário e tens exatamente o que precisas em casa.
Todas estas coisas são "dificuldades" que, enquanto pessoas, somos obrigados a ultrapassar e, obviamente, cada uma destas situações nos muda - muda a nossa personalidade, muda o nosso ponto de vista, muda partes essenciais do nosso carácter.
Pela forma como estás a falar, parece que só viveste dificuldades...
Não, de todo, nem quero que essa seja a imagem que levam desta publicação! Simplesmente quero mostrar-vos que o Erasmus não é só festas, viagens e uns meses de férias da faculdade: o Erasmus é uma jornada de conhecimento pessoal - com muita diversão pelo meio, é claro - mas o que está por detrás da sua importância no nosso percurso enquanto estudantes é que estes cinco meses da nossa vida nos ajudam a crescer mais do que durante todos os outros anos juntos de faculdade.
E daí valorizar tanto as dificuldades e obstáculos deste percurso, pois são eles quem mais contribuíram para este resultado final que foi o meu redescobrimento pessoal. Os momentos felizes e divertidos? Esses ficarão para sempre guardados na memória, guardados no meu coração. Mas são as coisas ditas "menos boas" as verdadeiras impulsionadoras do meu crescimento.
E pode parecer cliché, mas sinto-me mesmo diferente.
Sinto-me mais eu mesma.
Sinto-me mais forte.
Sinto-me mais consciente do mundo.
Sinto-me com menos medo.
Sinto-me mais confiante nas minhas capacidades.
Sinto-me mais grata.
No geral, sinto-me mais.
E, por isso... Só por isso o Erasmus já valeu toda a pena.
xoxo,
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1. Porque eu não sou eu sem abordar este tema no blog.
2. Porque as resoluções não foram feitas para serem praticadas apenas em janeiro.
3. Porque nunca é tarde para recomeçar e cumprir aquilo que prometemos durante o ano.
Ora, e por essas 3 razões listadas acima, a publicação de hoje vai ser dedicada à realização de resoluções (ou objetivos, como lhes quiserem chamar) de novo ano... Mas não é uma realização qualquer, é uma realização eficaz - ou seja, uma que irão efetivamente cumprir.
Como Cumprir as Resoluções de Ano Novo:
- Divide os teus grandes objetivos do ano em pequenos objetivos que possam ser repartidos por cada mês ou trimestre.
Dou-vos um exemplo para facilitar:
Uma das minhas resoluções é entrar num mestrado num área de que verdadeiramente goste. Por isso, dividi esta resolução em:
- Obter informações sobre o mestrado; janeiro
- Inscrever-me no mestrado; março/abril
- Entrar no mestrado. setembro
- Esta é clichê mas: mantém os teus objetivos num local onde os vejas diariamente.
Este ano, o meu local de eleição foi o meu computador, juntamente com o meu telemóvel. Mas antes da era da tecnologia (sim, eu já escrevo objetivos há muitos anos), já os tive na minha gaveta da mesinha de cabeceira, colados na porta do armário ou até mesmo em post-its na secretária de trabalho. O único ponto importante: ser um sítio onde os vejas muitas vezes.
- Qualquer momento é um bom momento para recomeçar.
Falhaste em cumprir os teus objetivos durante o primeiro mês do ano? Recomeça agora. Não esperes pelo dia de amanhã, por uma segunda-feira, por um novo mês ou pelo início de mais um ano... Quanto mais tempo adiares, mais difícil será de concretizares aquilo que te propuseste a cumprir. A melhor altura para recomeçar é neste preciso segundo.
- Quando a motivação faltar, vem a disciplina.
O maior problema das resoluções de ano novo é que elas só vivem enquanto viver a motivação que este recomeço nos traz. E o que fazemos quando essa motivação se acaba? Voltamos à rotina a que estávamos habituados e desistimos de implementar todas as mudanças que tínhamos planeado fazer na nossa vida.
É exatamente nesses momentos onde a motivação parece ser mais escassa que é preciso chamar a disciplina, pois esta é a única capaz de nos remeter aos nossos objetivos. Apetecia-te desligar o alarme e ficar a dormir mais uma hora? Vai ser a disciplina que te vai impedir de o fazer. Não tens vontade de ir ao ginásio hoje? A disciplina vai agarrar-te e puxar-te de casa sem tu perceberes bem como lá foste parar. Mas, quando deres por ti, já passou tudo e estás um passo mais perto de cumprir a tua resolução.
- Pensa a longo prazo e não cedas a satisfações de curto prazo.
Vamos fazer um exercício muito simples (que pode ser aplicado a qualquer objetivo que tenhas na tua lista):
1. Pensa no teu objetivo e na ação que fazes que te impede de alcançar esse objetivo.
Por exemplo, um objetivo seria comer de forma saudável e o contra-objetivo é comer doces de forma descontrolada.
2. Ambas as ações (tanto o objetivo como o contra-objetivo) têm benefícios, mas benefícios diferentes: um a curto e outro a longo prazo.
No nosso caso, comer aquele doce teria um benefício a curto prazo (a satisfação de o saborear naquele momento); enquanto que comer de forma saudável traz-nos benefícios de longo prazo (o corpo que queremos ter, melhorias na saúde, etc.).
3. Estando conscientes disto, é apenas uma questão de mudarmos o nosso pensamento: em vez de pensarmos nos benefícios para o momento presente, alargamos a nossa perspetiva para aquilo que nos beneficiará a longo prazo.
Aqui, em vez de pensarmos "vou comer este doce porque me vai saber bem", deveríamos passar a pensar "não vou comer este doce porque me está a afastar do corpo que quero ter".
Experimenta fazer este exercício no teu dia a dia e rapidamente começarás a mudar a tua forma de pensar e a implementar pequenas mudanças que se acumularão até chegarem a um resultado significativo!
xoxo,
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